terça-feira, 24 de agosto de 2010

programa manos e minas no ar de novo...


Foram protestos, intensas mobilizações e uma carta redigida pela jornalista e colaboradora do Coletivo, Gisele Coutinho, pedindo que o presidente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, revisse a decisão de extinguir o programa da grade, o Manos e Minas - único programa da TV aberta brasileira dedicado à cultura hip-hop. Na internet, o público e artistas não só do movimento hip hop, abraçaram a campanha #SalveoManoseMinas. Na tarde desta terça-feira, finalmente, a TV Cultura se pronunciou oficialmente em seu site, anunciando que o Manos e Minas volta para a grade da emissora para a alegria dos que lutaram por isso e dos fãs do programa. Ainda não se sabe sobre os funcionários da equipe, se seus cargos serão revistos e mantidos ou se a TV enxugará a equipe. Até às 17h15, a informação era sobre uma suposta reunião para definir esses e outros pontos que ainda não havia terminado.
No Senado, quando a TV anunciou o fim do programa, Eduardo Suplicy comentou sobre a decisão de Sayad, solicitou que fosse repensada e informou que conversaria pessoalmente com o presidente da TV, cobrando principalmente a volta do Manos e Minas após ser procurado por Gisele Coutinho, Kamau e outras pessoas que entregaram a carta em nome deles, do Coletivo, do Per Raps, Central Hip Hop e todos que fortaleceram a luta pela permanência do programa. Suplicy disse no Senado: "Se nos anos 50 e 60 era importante ouvir as canções do Patativa do Assaré, cantadas por Luiz Gonzaga, para poder saber como as pessoas que saíam do Nordeste para São Paulo sentiam qual era o seu grau de liberdade, como expresso em ´Triste partida`, hoje é relevante ouvirmos, por exemplo, ´Homem na Estrada`, de Mano Brown, cantada pelos Racionais MCs, para saber o sentimento dos adolescentes".

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